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A FÁBRICA

Pretendia eu ontem apresentar a nova casa e o novo apelido da Fábrica mas nao fui capaz de escrever mais do que vem no post anterior: um endereço correcto e ao mesmo tempo uma ligaçao incorrecta para o novo ponto de encontro. Cortem e colem, se nos quisserem visitar...

A FÁBRICA DA PREGUIÇA

www.afabricadapreguica.blogspot.com

A Pátria

Com tristeza e alegria, chego tarde à celebração na cidade herculina do Dia da Raça, com o alçamento nacional da bandeira. Aderindo e ultrapassando o júbilo institucional, quero cá contribuir com o meu pequeno mas –acho- significativo grão de areia à reconstrução do nosso autêntico sentimento patriótico peninsular. Não tenho palavras: por favor, leiam isto aqui.

SER O OUTRO

Eu começo sempre pelo eu
mesturo as andainas cos lóstregos rotos
e re-aparecem as altas cadeias
pelo corredor das especiarias
Eu passo logo a Tu
e já não escutas
em graves membranas
os teus sórdidos actos
Tu devolves-me o eu
multiplicado
e somos tantos a berrar
a inconsistência da água
que de todas as partes
asejam os dias
na nossa procura.
Levamos baixo o braço
um livro de três ou quatro páginas
é o livro da eterna miséria,
que soltamos fugazmente
às portas da nossa casa.

Sextas ás 19:30 o amigo Martin Pawley fala de cinema no 107.6.

Do mesmo lugar do que falo no post anterior, recolho uma ligaçao para uma Máquina de texto, módulo construtor-deconstrutor de poemas. A experimentar!

Dois contributos para libro de notas do Xoán Carlos Lagares e do Alfredo Ferreiro.

As minhas mãos anos depois

Este repto, o de escrever um poema a começar com um verso proposto, foi lançado há anos, e respondido corajosamente, por todos os poetas que trabalham na fábrica e, há uns dias, relançado ao grande amigo e poeta Ramiro Torres e ao Xavier Vásquez Freire, em cujo blog me deparo com a linha "O tempo não existe". Este é o meu novo As minhas mãos têm a idade do universo, anos depois.


As minhas mãos têm a idade do universo,
e guardam o trigo entre os caminhos velhos
e entre os caminhos novos. Separam o tempo
de cima do que está em baixo, brilham a sós
como as estrelas em março na tua boca.

Nada direi, que elas vos escrevam, inimigos
íntimos, habitantes do dia que não está no calendário,
sobre a esteira quente do vosso nome, calo.

E vós falai, prisioneiras de nada, perfumai com ópio os velhos
locais da palavra, enlouquecei.
Mãos,

habitantes dos meus rios,
elegíacas e loucas,
tenebrosas extractoras
mineiras dos meses.

As minhas mãos têm a idade do universo

Caro Pedro, aqui tens esta colaboração, feita hoje, para a tua proposta.

Para o Pedro e o Xavier.

As minhas mãos têm a idade do universo,
Há nelas uma reminiscência de espelho irradiante,
Uma canção em que o centro de nós
É o lugar interdito, transparente, onde virarmos
A nossa mutilação em cópula mortal,
Trespassando o espaço cercado.

As minhas mãos desconhecem o tempo,
Permanecem quietas até a sua definitiva conversão
Em residência das árvores brancas que
Criaram as moradas dos amantes:
Luminosas habitações lavrando-se
Contra a ocupação das ruas pola areia silente.

As minhas mãos perduram na libertação
Que trazem as palavras a explodirem,
Orgulhando-se da sua gravidez secreta,
Abrindo fendas por toda a parte
Em que os ilhéus pressentem um mesmo fogo
Alimentando-os contra o seu desterro.

As minhas mãos, enfim, aquecem as horas
Com a serenidade líquida do amor,
Segurando-se nas ribeiras ocultas desta luz
Acontecida como o primeiro dia após do nada.

01-10-2005.

Blog de Xavier Vasques Freire

Conheço, quase por acaso, um blog que acho mui interessante.
É de Xavier Vasques Freire, e chama-se www.mapadedias.blogspot.com
Há um grande cuidado textual e visual, e uma listagem de outros blogs bastante ampla.

Un par de blogs de escritores galegos

Facendo amigos de Santiago Jaureguízar e Ovnis e isoglossas de Igor Lugris. Se alguén coñece máis podemos incluílos nas ligazóns.

Giuseppe Arcimbaldo

Giuseppe Arcimbaldo

Quero partilhar com vós a minha admiração pola obra deste autor italiano do século XVI. Fazia retratos de seres humanos com frutos e flores, lançando-nos uma bafarada de luz e frescura desde há centos de anos, com uma irradiante originalidade.
Gostavam muito dele, atinadamente, os surrealistas.
Há mais quadros que se podem ver se procurardes no Google, por exemplo.

A min ultimamente encántanme os cadros de Edward Hopper. Este en particular hai tempo que o teño como papel de escritorio e aínda me segue sorprendendo cada día.

Palestra na Corunha do Prof. Monterroso

A próxima quarta-feira, dia 21 de Setembro, polas 20:30 h., no local A Tréu (Rua São José, A Corunha), o Prof. José Maria Monterroso falará sobre "Apelidos galegos: esses desconhecidos". Como suponho sabereis muitos, Monterroso é escritor em espanhol e galego, foi durante muitos anos presidente da Ass. Cultural O Facho, e nos últimos tempos se tem especializado em onomástica galega. Na minha opinião trata-se de uma pessoa, para além de boa gente, muito interessante e as suas comunicações resultarom-me sempre magistrais e amenas.

Abraços.

La Voz de Galicia. Julho de 1999.

La Voz de Galicia. Julho de 1999.

El rey de Tonga elige a un estadounidense como su bufón. Taufa'ahau Tupou IV, rey de Tonga, ha nombrado al californiano Jesse Dean Bogdonoff como bufón oficial, según el Tonga Chronicle, "por su visión sensata llena de alegría y de verdad impregnada de felicidad".

Richard Hoare

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Adeus alegria, adeus tristeza

Meu coração tornou-se capaz
de assumir qualquer forma;
ele é um pasto para gazelas e um convento para monges cristãos,
um templo para ídolos e a Caaba dos peregrinos
as tábuas da Torah e o livro do Corão.
Eu sigo a religião do Amor:
qualquer que seja o caminho que o Amor toma,
esta é minha religião e minha fé.

Ibn 'Arabi, em dedicatória a Meulana Jelaleddin Rumi.

Recital terça-feira 2 de Agosto em Corunha

A terça da semana que vem, 2 de Agosto, às 8 da tarde, haverá um recital de poesia dentro das actividades da Feira do Livro da Corunha, auspiciado pola A. C. O Facho.
Nele participarão Luís Maçãs, Alfredo Ferreiro, Táti Mancebo, Ramiro Torres, Luzia Aldao e possivelmente alguma surpresa de última hora...

Saúde e Poesia

Poesia galega contemporânea publicada pelas Edições ArcosOnline.com

Como estou certa de que el nao o fara, informo:
Domingo, 26 Junho 2005
As Edições ArcosOnline.com lançam hoje, dia 25 de Junho, a obra A Vida Extrema, do poeta galego Mário Herrero Valeiro. A obra será disponibilizada gratuitamente em formato digital na página web da editora ArcosOnline.com. A Vida Extrema é um poemário inquietante e perturbador. À nitidez rítmica do seu verso livre, o poeta alia a profundidade de uma linguagem verdadeiramente poética e o alcance de uma temática universal.