As minhas mãos têm a idade do universo
Caro Pedro, aqui tens esta colaboração, feita hoje, para a tua proposta.
Para o Pedro e o Xavier.
As minhas mãos têm a idade do universo,
Há nelas uma reminiscência de espelho irradiante,
Uma canção em que o centro de nós
É o lugar interdito, transparente, onde virarmos
A nossa mutilação em cópula mortal,
Trespassando o espaço cercado.
As minhas mãos desconhecem o tempo,
Permanecem quietas até a sua definitiva conversão
Em residência das árvores brancas que
Criaram as moradas dos amantes:
Luminosas habitações lavrando-se
Contra a ocupação das ruas pola areia silente.
As minhas mãos perduram na libertação
Que trazem as palavras a explodirem,
Orgulhando-se da sua gravidez secreta,
Abrindo fendas por toda a parte
Em que os ilhéus pressentem um mesmo fogo
Alimentando-os contra o seu desterro.
As minhas mãos, enfim, aquecem as horas
Com a serenidade líquida do amor,
Segurando-se nas ribeiras ocultas desta luz
Acontecida como o primeiro dia após do nada.
01-10-2005.
Para o Pedro e o Xavier.
As minhas mãos têm a idade do universo,
Há nelas uma reminiscência de espelho irradiante,
Uma canção em que o centro de nós
É o lugar interdito, transparente, onde virarmos
A nossa mutilação em cópula mortal,
Trespassando o espaço cercado.
As minhas mãos desconhecem o tempo,
Permanecem quietas até a sua definitiva conversão
Em residência das árvores brancas que
Criaram as moradas dos amantes:
Luminosas habitações lavrando-se
Contra a ocupação das ruas pola areia silente.
As minhas mãos perduram na libertação
Que trazem as palavras a explodirem,
Orgulhando-se da sua gravidez secreta,
Abrindo fendas por toda a parte
Em que os ilhéus pressentem um mesmo fogo
Alimentando-os contra o seu desterro.
As minhas mãos, enfim, aquecem as horas
Com a serenidade líquida do amor,
Segurando-se nas ribeiras ocultas desta luz
Acontecida como o primeiro dia após do nada.
01-10-2005.
5 comentarios
xuntaletras -
Pedro -
mário -
leco -
xuntaletras -
o seu tabaco, grazas