SER O OUTRO
Eu começo sempre pelo eu
mesturo as andainas cos lóstregos rotos
e re-aparecem as altas cadeias
pelo corredor das especiarias
Eu passo logo a Tu
e já não escutas
em graves membranas
os teus sórdidos actos
Tu devolves-me o eu
multiplicado
e somos tantos a berrar
a inconsistência da água
que de todas as partes
asejam os dias
na nossa procura.
Levamos baixo o braço
um livro de três ou quatro páginas
é o livro da eterna miséria,
que soltamos fugazmente
às portas da nossa casa.
Eu começo sempre pelo eu
mesturo as andainas cos lóstregos rotos
e re-aparecem as altas cadeias
pelo corredor das especiarias
Eu passo logo a Tu
e já não escutas
em graves membranas
os teus sórdidos actos
Tu devolves-me o eu
multiplicado
e somos tantos a berrar
a inconsistência da água
que de todas as partes
asejam os dias
na nossa procura.
Levamos baixo o braço
um livro de três ou quatro páginas
é o livro da eterna miséria,
que soltamos fugazmente
às portas da nossa casa.
3 comentarios
Pedro -
xuntaletras -
Ramiro -
Parabéns, de novo, às duas.