O que está a acontecer?
Dia das Letras Galegas: os irmáns do Norte
«No próximo 17 de Maio comemora-se o Dia das Letras Galegas. Por todas as razões, a Galiza está tão próxima de nós como os países e povos de língua portuguesa que estão mais próximos. E, como já em outra oportunidade se assinalou, gostariamos de lhe poder dar muito mais atenção e espaço. Assinalando aquela data, publicamos o texto que um dos mais destacados vultos da cultura da Galiza de hoje, Víctor F. Freixanes, escritor, editor e membro do Conselho da Cultura Galego, escreveu para o JL, e que de certo modo dá uma expressiva panorâmica, e faz um balanço, da sua literatura e de parte das suas artes. E publicámo-lo no original, pois nos pareceu desnecessário, e porventura inadecuado, traduzi-lo para português, o que só por si é significativo. Damos ainda a lume uma peça em que se dá notícia de algumas das edições recentes, entre nós, de livros de autores galegos».
Jornal de letras, artes e ideias, 11 de Maio de 2005.
Galegos em português
«A qualidade intrínseca das obras e a proximidade histórica, geográfica e cultural são aspectos que têm determinado a tradução e publicação de autores galegos em Portugal, como salientam os editores contactados pelo JL, apesar de a língua galega, que partilha com o português a mesma raiz linguística o galaico-português levantar alguns obstáculos.
[...] A Deriva é uma das editoras que, actualmente, publica mais escritores galegos. A sua filosofia editorial procura, de resto, divulgar culturas e literaturas minoritárias, como explica António Luís Catarino. O facto da Galiza ser culturalmente vizinha do Porto, onde a Deriva tem sede, é outro dos factores determinantes, reforça o editor. Não é, contudo, uma tarefa fácil. Por um lado, o mercado está virado para os bestsellers e para a cultura anglo-saxónica, pelo que a Literatura Galega, ainda que de grande qualidade, não tem a projecção mediática que merece. E por outro, o Galego é uma língua falsa, pelo que se tem de ter muito cuidado com os tempos verbais e as expressões idiomáticas, até porque as duas línguas tiveram muito tempo separadas, explica.»
Jornal de letras, artes e ideias, 11 de Maio de 2005.
Unha escritora galega
«A lingua de Nélida [Piñón] é a mesma que floreceu en Portugal, na Galicia do sur, e cruzou despois o océano. A mesma (con algunhas variantes) de varios miles de emigrantes anónimos que, cos seus pequenos fardos domésticos e a maleta chea de soños, abandonaron un día as aldeas de Cotobade, o Ribeiro [...] e buscaron alén do mar a vida que aquí lles faltaba...
La Voz de Galicia, Culturas, 16 de Abril de 2005.
«No próximo 17 de Maio comemora-se o Dia das Letras Galegas. Por todas as razões, a Galiza está tão próxima de nós como os países e povos de língua portuguesa que estão mais próximos. E, como já em outra oportunidade se assinalou, gostariamos de lhe poder dar muito mais atenção e espaço. Assinalando aquela data, publicamos o texto que um dos mais destacados vultos da cultura da Galiza de hoje, Víctor F. Freixanes, escritor, editor e membro do Conselho da Cultura Galego, escreveu para o JL, e que de certo modo dá uma expressiva panorâmica, e faz um balanço, da sua literatura e de parte das suas artes. E publicámo-lo no original, pois nos pareceu desnecessário, e porventura inadecuado, traduzi-lo para português, o que só por si é significativo. Damos ainda a lume uma peça em que se dá notícia de algumas das edições recentes, entre nós, de livros de autores galegos».
Jornal de letras, artes e ideias, 11 de Maio de 2005.
Galegos em português
«A qualidade intrínseca das obras e a proximidade histórica, geográfica e cultural são aspectos que têm determinado a tradução e publicação de autores galegos em Portugal, como salientam os editores contactados pelo JL, apesar de a língua galega, que partilha com o português a mesma raiz linguística o galaico-português levantar alguns obstáculos.
[...] A Deriva é uma das editoras que, actualmente, publica mais escritores galegos. A sua filosofia editorial procura, de resto, divulgar culturas e literaturas minoritárias, como explica António Luís Catarino. O facto da Galiza ser culturalmente vizinha do Porto, onde a Deriva tem sede, é outro dos factores determinantes, reforça o editor. Não é, contudo, uma tarefa fácil. Por um lado, o mercado está virado para os bestsellers e para a cultura anglo-saxónica, pelo que a Literatura Galega, ainda que de grande qualidade, não tem a projecção mediática que merece. E por outro, o Galego é uma língua falsa, pelo que se tem de ter muito cuidado com os tempos verbais e as expressões idiomáticas, até porque as duas línguas tiveram muito tempo separadas, explica.»
Jornal de letras, artes e ideias, 11 de Maio de 2005.
Unha escritora galega
«A lingua de Nélida [Piñón] é a mesma que floreceu en Portugal, na Galicia do sur, e cruzou despois o océano. A mesma (con algunhas variantes) de varios miles de emigrantes anónimos que, cos seus pequenos fardos domésticos e a maleta chea de soños, abandonaron un día as aldeas de Cotobade, o Ribeiro [...] e buscaron alén do mar a vida que aquí lles faltaba...
La Voz de Galicia, Culturas, 16 de Abril de 2005.
6 comentarios
Táti -
Mário -
Alfredo Ferreiro -
Ramiro -
Provavelmente haja mais mudanças das previsíveis dado que há muita gente no campo "nacionalista" que acha que a actual situação para o "galego" só poderá mudar se reconhece a sua participação noutra área maior da que eles próprios lhe concederam.
Isso pode supor uma maior ampliação de horizontes ou bem uma simples adaptação táctica em função de outros objectivos (políticos, nomeadamente).
Apesar de todo o dito, isso daria possibilidades de que muita gente abrisse os olhos a um novo continente no que assentar a sua experíência, o que sem dúvida "apresentaria um balanço positivo para todos", como disse o Pedro.
Enfim, veremos como vai a cousa.
Pedro -
Pedro -