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A FÁBRICA

POEMA A TRÊS MUSAS (com o Alfredo Ferreiro e o Pedro Casteleiro)

Botar a andar até ao fim do mundo
que em toda a mão começa,
noite, noite alaranjada menina
azul, infinitamente suicídio
São todos os cantos que cabem
no canto do papel. Ressalta no chão
o medo. Escrito na senda do
papel, como che havia de
dizer aquilo que sabemos?
Recitamos a volta do sonho e dançamos
com o cadáver incerto? Não, simplesmente
abraçamos a sombra do nosso amanhecer.
Condensando assim a sabedoria corporal,
viver de garrafas dadas com os
próprios sonhos.
Até arrojar os ossos sobre a mesa
e comprovar que caem em ordem.

5 comentarios

Pedro Casteleiro -

Aposto por uma bebedeira por escrito monumental, uma antologia da ebriedade. "7 bêbedos (ou 14)"

Táti -

pois nao sei que che diga, eh

Mário Herrero -

Nestes momentos, há uma proposta de publicação e estamos a esperar a resposta. Outra possibilidade é uma bebedeira monumental, mas o que vão pensar os nossos filhos...?

Martin Pawley -

Perdón por mudar de tema, pero como van celebrar vostedes os dez anos daquel libro dos "7 poetas"?

Pedro Casteleiro -

Impressionante, ainda.